segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Descanse em paz, Soninha...

Quinta feira passada deparei-me com uma nota de falecimento. Normal para quem frequenta uma comunidade de gente morta. Porém essa foi diferente. Eu conhecia. Ou melhor: não conhecia. Não sei explicar.

Como é que podemos gostar de alguém que nunca vimos na vida? Como podemos nos acostumar tanto em ver as postagens de alguém cuja voz desconhecemos? 

Foi assim com a Soninha. Nunca vi seu rosto. Não a tinha adicionada em meu círculo de amigos. Mas conversava com ela quase todos os dias, mais até que pessoas que moram na mesma cidade que eu. Convivíamos nas mesmas comunidades, debatíamos sobre trivialidades. Ela sempre ironizava quem postava fora dos padrões da comunidade, sempre postando "eu quero é ver o oco e o pipoco! hihihihihih" em qualquer tópico com barraco. O avatar sempre sorridente escondia uma angústia que conhecemos apenas quando ela se foi.


Resta-me apenas repetir o que ela sempre postava nos tópicos da PGM: 
 
"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, por que tudo que é vivo morre." Ariano Suassuna.

Vai em paz, Claudia. Eterna Soninha. Vai em paz e muita luz em sua nova jornada. Nos vemos um dia.  
 

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